Nesta página, damos início a uma série de postagens envolvendo o universo do Rock Progressivo, gênero musical assim batizado pela imprensa britânica (e rótulo imediatamente adotado pela indútria fonográfica mundial) na virada dos anos 1960/1970.
A intenção inicial foi a de oferecer algo relacionado a música e também a arte visual, demonstrando que esse tal de rock'n'roll não pode ser apenas relacionado a rebeldia, agressividade e ruído. No subgênero "progressivo", temos uma mensagem de harmonia, apuro e bela musicalidade.
Assim, tivemos que nos ater à velha escrita e a usar de persuasão para tentar chamar a sua atenção para uma forma de arte integrada (música + literatura + artes visuais) que nos toca muito e que podemos dizer que foi o ápice da manifestação cultural das últimas três décadas do século XX – o chamado “rock progressivo” – na expressão (de origem controversa) cunhada pela imprensa.
Por que rock? Porque é o mais rico gênero de música do pós-segunda-guerra – no mundo todo.
Por que progressivo? Porque diferentemente do rock and roll típico dos anos 1950 e 1960 – uma música dançante –, esse gênero de música dependia de uma elaboração instrumental mais sofisticada, de uma base criativa mais erudita e de compositores e músicos com uma base cultural geral necessariamente mais rica.
Ficou marcada a ideia de “álbuns conceituais” do rock progressivo, discos e shows “temáticos” que procuravam contar uma história (ou estória) e não somente juntar 12 ou 24 músicas completamente desconexas entre si.
Detalhe: o gênero floresceu na Inglaterra no pós-The Beatles.
Começando
O primeiro álbum que nos veio à mente chama-se “Journey to the centre of the Earth”, gravado ao vivo em 18 de janeiro de 1974. Baseado na obra de Julio Verne, Rick Wakeman, pianista e tecladista virtuoso, criou um espetáculo grandiloquente, verdadeira ópera-rock que até hoje tira o nosso fôlego.
Assim, sugiro que você tente ouvir e ver, se possível, o que foi esta produção na sua versão original (há gravações posteriores, até bem mais recentes, mas não se equivalem ao original fixado em disco).
Observação: música e letras são igualmente importantes.
É uma pena que não se possa reproduzir o prazer de ter em mãos a arte visual que acompanhava tais álbuns. No caso deste, por exemplo, um libreto de oito páginas em tamanho de um LP acompanhava o disco. Grandes artistas gráficos dedicaram-se a elaborar capas de discos nesta época e isto dá, até, um capítulo à parte na trajetória do rock progressivo.
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